“A história é como um trem com vários vagões; quando narramos uma história não podemos nos esquecer de nenhum deles, pois se não a história desencarrilha”.
Regina Machado
Todas as crianças gostam de histórias por estarem relacionadas à sua vida cotidiana e oferecerem momentos de muita intimidade entre elas, além de alimentar a criatividade e estimular a fantasia. Para contar histórias, portanto, é preciso ter fluidez, cadência, ritmo, elementos importantes para que os ouvintes viajem na imaginação.
O elemento mais importante para o contador de histórias é a palavra, e cada um tem o seu jeito próprio de narrar. Assim, o contador pode perfeitamente dispensar o manuseio do livro, recorrendo ao uso adequado da voz, da expressão facial e corporal. Poderá desfrutar, ainda, do privilégio de ter o contato direto com o ouvinte, percebendo suas mínimas reações a cada mudança de voz, por exemplo.
Em geral, a criança costuma pedir para ouvir várias vezes a mesma história, pois a repetição da escuta faz com que ela perceba semelhanças e diferenças entre a sua realidade e o mundo imaginário, identificando-se com personagens e situações.
A importância das histórias reside exatamente nos benefícios que elas promovem para a formação do indivíduo, como a ampliação do vocabulário, o conhecimento da própria cultura, a compreensão dos sentimentos e emoções, a socialização, a distinção entre ficção e realidade, a percepção do mundo e a elaboração individual dos conceitos e ideias.
Dessa forma, o ato de contar histórias não pode ser considerado apenas como mera atividade casual, mas principalmente como algo que transcende o real, sendo Arte por excelência.
Maria José da Silva Moraes/ Célia Sardinha